sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Pra passar o tempo

Uma atividade divertida e que eu recomendo é a de ler blogs pela internet afora. É impressionante a quantidade de pessoas que publicam as mais variadas coisas na rede mundial. Blogs de amigos e conhecidos é o que, penso eu, a maioria das pessoas lê no dia-a-dia. Mas aqui vai a dica de uma "técnica" que eu utilizo e acho bem divertida. A maioria (se não todos) os provedores gratuitos, como o blogspot ou o wordpress, tem uma barra comum a todos os seus blogs. Na barrinha do blogspot, por exemplo, existe um link "próximo blog" e essa é a dica. O link direciona a outro blog do mesmo provedor. Eu não sei se a escolha pelos endereços do redirecionamento segue alguma ordem, mas pra mim ela é completamente aleatória, e aí está a diversão. São blogs do mundo inteiro e eu vou clicando e clicando, lendo os que me parecem interessantes (ou os que entendo o idioma).
Quem nunca fez isso não imagina o que se pode encontrar na blogosfera. Relatos de viagens, venda de cds e dvds piratas, noticiários dos mais diversos assuntos ou mesmo blogs abandonados, com última postagem datada de anos atrás, vê-se de quase tudo. Descobri, por exemplo, que existem "porta-absorventes", no blog de uma artesã, que os cães enxergam sim em cores e conseguem diferenciá-las, mas de forma mais limitada que nós, humanos; acompanhei por alguns minutos o cotidiano de um morador de Nova Iorque que retrata sua vivência da cidade em fotos e textos e cliquei o mais rápido que pude no botão de "próximo blog", com medo do que poderia ver numa página, após ler a descrição de sua proprietária:

"Na Integra Sou uma mulher, com jeitinho de menina que não mede palavras ao fazer, falar e principalmente escrever o que realmente pensa, e para mim não tem dia nem hora! Quando estou com lápis e papel na mão eu fico louca, é como se a ponta do lápis tiver se vida própria e o desejo de expressar tudo o que eu penso é mais forte do que eu."

(detalhe para o "tiver se") Ok, eu assumo, foi puro preconceito, mas, quem disse que não sou preconceituoso? Quem visse as fotos da tal no referido blog, com caras, poses e bocas, me entenderia -e teria medo também!
Vi ainda, em outros blogs, um inusitado "jardim para carros" em São Francisco, EUA e uma sandália de salto alto sem o salto!

Alguns blogs, não sei como, conseguem tirar a barrinha do blogspot, mas não tem problema, basta voltar a página pelo navegador, ao blog anterior, e clicar em "proximo blog" novamente, que ele direciona a outro blog, diferente. Uma outra forma de visitar blogs é sair clicando nos links de "blogs relacionados", ou "blogroll", mas aí já não é mais tão aleatório, uma vez que os blogueiros escolhem os links que colocam em seus próprios blogs.

Pra quem quer um passa-tempo, ficou essa dica. E se tiver com preguiça de ficar filtrando blogs pra achar algo interessante, sempre se pode acessar um link [abaixo] que já tinha visto há um tempo atrás, e achei novamente numa dessas minhas blog-leituras, mas aviso logo: é bizarro. Saquem o número de comentários!
Ê mundo doido...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Lampejos Inusitados [01]

Não sei se mais alguém já pensou sobre isso mas, sabe aquela música péssima, com aquele arranjo breguíssimo e o famoso refrão que gruda mais do que pixe de praia na sola do pé? Sabe quando essa mesma música está tocando e, de repente, você percebe nela um lampejo de brilhantismo? Um verso que seja, uma palavra apenas, ou mesmo aquele acorde diminuto que você nunca pensou que surgiria naquela melodia cafona e previsível? Pois. Esta nova série de guardanapos se dedica a tais exemplares.

Do mais puro brega, uma pérola pode surgir.
Um dia desses eu estava ouvindo uma rádio na internet, enquanto trabalhava. Eis que ouço uma velha e conhecida melodia, anos 80, daquelas que todo mundo conhece. O problema é que, ao contrário do sax característico de sua versão original, as notas eram tocadas numa guitarra metida a pesada, cheia de distorção. Parei logo o que fazia e fui conferir o nome da música e a banda que a tocava. Confirmei, era realmente o clássico de George Michael, Careless Whisper, mas interpretado de forma bem diferente da original por uma banda chamada seether, até então desconhecida por mim. Achei a nova versão melhorzinha, mas nada que salvasse a breguice encarnada, remanescente da "quase não-aproveitável" década de 80. Continuei ouvindo e prestando, pela primeira vez, atenção na letra. Bem na hora do refrão:

"I'm never gonna dance again
guilty feet have got no rhythm"

Comecei a rir sozinho e, pra continuar minha diversão, fui atrás do restante da letra. Aqui vai uma estrofe e o refrão completo:

"Time can never mend the careless whispers of a good friend.
To the heart and mind ignorance is kind.
There's no comfort in the truth
pain is all you'll find.

I'm never gonna dance again
guilty feet have got no rhythm
Though it's easy to pretend
I know you're not a fool.
I should have known better than to cheat a friend
And waste a chance that I've been given.
So I'm never gonna dance again
the way I danced with you."

Tem até uns trechos bonzinhos e muitos outros bem divertidos, mas, o verso que me chamou a atenção, o segundo do refrão, é simplesmente fantástico. Brega, cafona, o escambau, mas "guilty feet have got no rhythm"... é muita criatividade, meu deus!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Quantos eus me fazem a mim

De personagens de RPG a pseudônimos de textos e poemas. De jogador de time de futebol a membro de família, ou funcionário dedicado. Andei pensando a variedade de personalidades que possuo, às vezes tão diferentes entre si. Diariamente ou em determinados intervalos de tempo, nós acabamos nos relacionando com pessoas diferentes entre si e de nós mesmos, seja por necessidade ou por afinidade. Confesso que às vezes me impressiono um pouco, de tão diferentes que são alguns de meus "grupos de relacionamento", e como consigo manter uma boa relação com eles. O fato é que me divirto e sou bem feliz com muitas coisas, pessoas e lugares diferentes. Em outros tempos já me perguntei se isso seria sintoma de fraca personalidade, mas esse debate não se alongou muito, pois vi que sei distinguir muito bem e com facilidade minhas preferências. E é claro que eu tive também minha época de radicalismo, quando não me permitia ir a determinados lugares, ou ouvir certo tipo de música. Aliás, a bem da verdade o tal radicalismo ainda surge, de vez em quando, em algumas situações.
Numa rápida olhada ao redor, mesmo com a maioria das pessoas, cada vez mais, procurando tanto ser igual um ao outro, seja usando, vendo ou ouvindo as mesmas coisas, creio que, humanos que somos, não poderemos nunca ser iguais, todos. Portanto, viver em sociedade nos obriga a vivenciar a diversidade, a conviver com diferentes formas de pensar e agir. Na minha opinião, o saldo dessa conta é positivo, mesmo com tudo de ruim que disso acontece pelo caminho.
Voltando a falar especificamente da minha pessoa, é engraçado a quantidade de eus que tenho. É lógico que todos eles têm a essência em comum, ou o que me dá identidade, minha personalidade. Mas, atitudes e comportamentos mudam bastante dependendo do local ou das pessoas ao meu redor. O tipo de conversa, a maneira de se comportar, de se vestir. A comparação dos comportamentos quando no trabalho ou entre amigos é bem comum e fácil de ser percebida entre as pessoas, pois a maioria delas vivem essa dualidade. Mas, indo além, me vejo diferente mesmo quando entre amigos diferentes. Aquele casal de amigos mais requintados, o grupo de rpg, o da pelada semanal, o das canções, da família, ou o das conversas intermináveis na mesa de um bar, cada um deles me faz um eu, que age, às vezes, bem diferente de outros eus. Mas a soma de todos eles é que me faz a mim, completo.
Tem gente que não é assim, não se relaciona bem com tantas pessoas tão diferentes entre si, e é engraçado quando, às vezes até sem perceber, eu junto dois grupos distintos, numa mesma atividade. Das duas, uma: ou o desconforto é visível e o evento vira um verdadeiro fracasso, ou os grupos começam a interagir, percebem a riqueza da diversidade e, creio eu (talvez em minha ingenuidade) até gostam.
Fato é que eu gosto de agregar. Pessoas, momentos, amigos, experiências. Sinto-me bem em saber que posso ser uma interseção entre pessoas ou atividades tão diferentes entre si. Gosto do gostar muito e diverso.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

praia, sombra e... cerva gelada

Um violãozinho ajuda também.
















Aí, mais uma imagem feita no PS. Uma cena que há muito não participo, por sinal.
Mudando de assunto, como eu sei que não serve de desculpa o fato de ter estado enfermo por toda a semana passada, este mês terá quatro postagens para compensar as apenas duas do mês passado. Dessa forma eu me iludo, achando que cumprirei com a promessa da maratona.