terça-feira, 22 de dezembro de 2009

fim de ano

Eu sei que é clichê, mas... Quer melhor época pra isso do que fim-de-ano?

Quem teve a idéia de cortar o tempo em fatias,
a que se deu o nome de ano,
foi um indivíduo genial.

Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão.

Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos.
Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente
Autor desconhecido por mim

Acreditemos, pois.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Felizes são os ignorantes?

Às vezes me pego afirmando a mim mesmo que a ignorância anda de mãos dadas com a felicidade. Minha racionalidade, obviamente, logo protesta e não aceita isso de forma alguma. No entanto, não consegue estabelecer argumentos convincentes, afinal a sabedoria popular me parece de fato bastante sábia ao dizer "o que os olhos não veem, o coração não sente". Penso então nos menos informados, ou nos mais alienados, e os comparo com seus opostos: aqueles que têm acesso à 'informação verdadeira', ou que sabem filtrar as enormes doses de mentiras descaradas que nos são empurradas goela abaixo, diariamente, por quase todo e qualquer mecanismo de mídia que atua no país. E pergunto: quem é mais feliz?
De um lado, aquele que nada sabe da 'realidade do mundo', que não se preocupa 'o que deveria' com o aquecimento global, a crise econômica ou a decadência cultural, social e intelectual na qual vivemos. O que se restringe à rotina de 40 horas semanais de trabalho, nas quais se diverte com os colegas contando piadas, mostrando ou vendo o vídeo engraçado do momento no youtube, ou ainda escutando o hit atual nas rádios, sem se preocupar se ele é idêntico ao anterior ou se tem qualidade musical e, menos ainda, ao que a letra da música se refere. Que acompanha diariamente a novela ou o reality da vez, que vai regularmente à igreja ou espera ansiosamente pelo fim de semana pra tomar aquela gelada ouvindo outras tantas vezes o mesmo hit, com a mesma despreocupação, entre churrasco e futebol, praia ou piscina, sempre recheado de futilidade, pura e simples, até chegar a mais uma segunda-feira. E a isso ele se resume.
No outro corner, o sempre antenado, culto, esclarecido e ávido por informação. Aquele que sabe receber uma opinião e tecer uma crítica, que tem poder de observação e avaliação, que busca fontes alternativas e menos tendenciosas de informação, que realmente se preocupa com o mundo, política, economia, sociedade e cultura. Que briga por seus direitos, que avalia por tanto tempo e com tantos argumentos a 'simples' possibilidade de deixar um filho nesse mundo. Que se vê a cada dia mais envolvido por essa trama, da qual não consegue escapar e que se auto-alimenta mais e mais, envolvendo a todos os que, como ele, consegue, inutilmente, ver a 'realidade'.
Quem é mais feliz?
Lembro de Matrix. Vale a pena escolher a pílula vermelha? Pra que saber da realidade, se não posso mudá-la? E, antes que me acusem, não é pessimismo. Ela até pode ser transformada, mas não por mim. No mínimo, por pura, simples e inegável falta de tempo. Eu não viveria o suficiente pra ver tal mudança. Porque não, então, engolir a azul mesmo e acreditar que o flamengo hoje tenta ser hexa, que essa nova gripe é mesmo uma epidemia apocalíptica e incontrolável (salvo se tomarmos aquele único remédio eficaz, fabricado por aquele único laboratório), que, em tempos pós-modernos, tudo é arte, ou música e, portanto, válido? Aos da pílula vermelha, o mundo é muito cruel e injusto, e somos todos impotentes. A vida se apresenta cada vez mais difícil, exaustiva e desestimulante. Frustrante. Aos da azul, o mundo simplesmente é. E a vida... bom, a vida passa.
No filme, a pílula é oferecida aos que não sabem da realidade e, uma vez tendo experimentado a vermelha, não há mais volta. Mas curiosidade parece sempre acabar falando mais alto e todos (ou a grande maioria) se imaginam, claro, escolhendo a vermelha. Mas eu me pergunto: e se a escolha fosse oferecida novamente, tempos depois, aos que escolheram a vermelha? Eles continuariam com a mesma escolha? Eu escolheria a azul?

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

guardanapo 04

Gostava quando aplaudiam seu canto,
mas não tinha coragem de admitir
que por isso cantava.
Não achava que merecia os aplausos.

Local: não lembro.
Data: 23/09/2009.
Guardanapo: mensagem de texto no celular.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

E viva o backup -nova série: "baú digital"

Essa eu desenterrei, remexendo num de meus baús virtuais, entre TXTs e DOCs antigos..

DEZEMBRO, 2003


São apenas lágrimas, vai passar.

A dor da saudade eu até aguento
Mas a dor de saber
Que a tua dor sou eu
Me tira o sono
Me mata a fome
Me seca a sede
De viver
De acordar pra mais um dia
Mais um dia
Pra que?

Dá vontade de chutar o balde,
De largar tudo.
Deixar todos, fugir.
Mas fugir pra onde?
Qual lugar eu posso ir?
Responde!

Não, eu não posso fugir.
Minha vida não é só eu,
Ela mexe com outras vidas.
Se eu fugir em prantos
Causaria dor
Criaria feridas
Em muitos que eu amo
Tanto

O que fazer?
O que eu sempre fiz:
Jogo tudo no porão do peito
Tranco lá e sigo adiante.
Espero pelo próximo feito
E torço pra que o porão
Seja grande o bastante.

Eu devia era me acostumar
É sempre assim.
São apenas lágrimas,
Vai passar...
Um dia isso chega ao fim.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Espiando um futuro

Geralmente isso acontece (ou é mais perceptível) quando passamos por mudanças mais substanciais em nossas vidas, muito embora também possa ocorrer num momento inusitado, coloquial, ou aparentemente menos significante. O fato é que, algumas vezes, nos vemos numa situação que nos permite brechar pelo buraco da fechadura da porta do tempo, e vislumbrar um possível futuro.

***
Eu girei a chave na fechadura e segurei a maçaneta, minha mão estranhando o formato daquele objeto. Foram anos fazendo a mesma coisa, noutro lugar. Empurrei de leve a porta e fiquei surpreso com o silêncio. Aquela não gemia como a outra. Achei graça em constatar que sentia falta de algo que sempre reclamei e, embora tivesse total condições de evitar (bastava trocar as dobradiças da antiga porta, na antiga casa), nunca o fiz.
A nova sala se apresentou então pra mim. Cores, sons e cheiros. Luz e espaço. Tudo era diferente.
Uma das muitas caixas espalhadas naquele chão de piso estranho, semi-aberta, revelava um velocípede, desmontado. E foi nessa hora que espiei um futuro.
Feliz da vida, eu fingia não alcançar em velocidade meu filho, já um pouco mais crescido do que hoje, que girava o pedal o mais rápido que podia, conduzindo sua pequena motocicleta pela sala, desviando dos móveis, conseguindo sorrir ainda mais do que eu.
Logo eu já estava de volta, a olhar as caixas. E agora tudo me parecia familiar. Aquela já era minha casa, e nela eu já tinha lembranças de um possível futuro.
***

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Nobel? só se for a cerveja mesmo.

Bela maneira de começar o dia...
Eu ainda terminava o café da manhã, quando ouvi a moça do telejornal matutino:
"-Obama ganha Prêmio Nobel da paz"
Fiz o óbvio, caí na risada. Mas logo em seguida, lembrei que aquele era um telejornal sério (tá, não vou discutir isso aqui, vocês entenderam), portanto, não se tratava de uma piada. Imediatamente à raiva, veio um sentimento bizarro de conforto: "afinal não é só o Brasil que é uma piada, o mundo todo o é".

Como é que pode esse sujeito receber o Nobel da paz? Pra mim, o prêmio perdeu toda -sim, absolutamente toda a credibilidade. Ficou muito pior que o Oscar. E discordo dos que digam que é radicalismo meu. Realmente é radicalismo, mas deles!
Pergunto novamente: como pode Obama ganhar qualquer prêmio relacionado à paz?
Deve ser porque ele é o primeiro presidente negro eleito nos Estados Unidos, não?
Vamos lá, de novo: Como é que alguma notificação pode ser feita a qualquer governo americano, no sentido de taxá-lo como pacifista?
Tudo bem, vamos analisar, por mais absurdas que me possam parecer, as possíveis justificativas dessa palhaçada. Pra isso vou simular um debate entre as partes, que foi o que mais ou menos aconteceu em minha mente.

-Mas ele sequer tirou as tropas do Iraque!
-Ah, mas isso ele já anunciou que ia fazer. Até 2010, se não me engano, os estadunidenses deixam o país.
-É, devastado política, social, econômica e moralmente. Mas, tu já viu qual é o verdadeiro plano dos Estados Unidos?
-Hum.. deixa eu pesquisar um pouco
-Vê isso aqui ó: notícia antiga
-É, tudo bem que é um link do PCB, mas é bem a cara do povo estadunidense mesmo.
-Pois é, mas, mesmo assim... Vamos considerar que isso sirva de justificativa, que a comunidade internacional foi toda enganada, achando que os Estados Unidos iriam liberar mesmo o Iraque da opressão bélica imposta por eles. O detalhe é... nem isso ainda foi feito! É só um planejamento que -disse Obama que vai fazer. Como é que já deram o Nobel por isso?
-Ah, agora sou eu quem vou lhe mostrar algo: notícia atual
-E eu achava que não iria rir disso novamente.. Quer dizer que agora o Nobel premia por "agenda ambiciosa"? Não vou nem falar o tanto de gente que seria premiado, adotando esse critério. Pensa aí...

Pois muito bem, continuo com minha posição inicial. Pra mim, esse prêmio agora já não tem mais credibilidade nenhuma. Não tiro o reconhecimento por premiações passadas, tampouco digo que todos os futuros premiados não serão merecedores, mas eu já não dou crédito. Afinal, quem me garante que tal físico realmente mereceu? Que não havia outros melhores? Em que critérios eles se basearam? Eu não tenho conhecimento sobre o mundo da física pra saber, por isso, acreditando em bons critérios, achava que só ganhava o Nobel quem merecia. Depois disso, não dá mais. Não pra mim. Era melhor que fosse o Bono Vox mesmo, ou até mesmo Lula. Ainda seria ridículo, mas bem, bem menos.

No entanto, uma coisa é certa. Como dizem em Pernambuco, "-Esse menino é um danado mesmo." Tá todo mundo caindo na dele. Assim como eu já defendi a crise econômica como uma coisa boa para o mundo, no mesmo sentido eu preferiria outra era Bush no governo daquele país. Bem me lembro o quanto a era Clinton foi boa pro mundo: economia dos Estados Unidos de vento em popa, o resto do mundo devendo a eles. E o quanto a era Bush fez mal: Estados Unidos cada vez mais decadentes, principalmente quanto à sua imagem internacional (ou a verdadeira face sendo mostrada).
Realmente, obaTma é o cara...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Passarinho


Me canta
De amor
Canção
Me conta
Da dor
Solidão
Se encontra
No céu

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

pescaria













Não.
Não hoje.
Não se dão tempo.
Não pra isso.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

"O telefone chamado, encontra-se fora da.. -clic!"

Muitos alegam odiá-los. Recusam-se a tê-los, romantizam. No entanto, coisa rara é achar alguém que, hoje em dia, nunca fez uso de um deles. E nisso eu sou chato. Fez uso? Então é útil, e não me venha falar besteira. Tudo bem que existem coisas que por ventura utilizamos e, não necessariamente, são lá de tanta utilidade. Afinal de contas, nessa nossa, a cada dia mais sedentária, vida, arrumamos utilidade pra quase qualquer coisa inútil.
Mas, voltando aos celulares, pobres coitados, eles são bem úteis sim. Aos muitos do primeiro parágrafo, não venham me dizer que orelhões são mais práticos. Ou os telefones fixos. Ao invés de ficarem os criticando, aproveitem que, por eles serem um exemplo dessa tecnologia desenfreada que engole-nos a todos com uma velocidade impressionante, nós podemos observar estes pequenos utilitários, desde seu surgimento, com bastante facilidade. Daí então eu proponho: façam isso e comparem-no a outros implementos tecnológicos, alguns sendo e outros não, alvos de rejeito ou repúdio. A máquina de datilografar, o computador, rádio, televisão, e-mail e internet, o próprio pai do celular, o telefone "fixo". Eles foram, assim que chegaram, ou algum pouco tempo depois, motivos de ataques? Mesmo por parte dos mais românticos, que preferem as coisas à moda antiga? Sobre estes eu já falei por aqui antes e não vou me alongar, mas o fato é que eu não consigo ver razão pra condenarem os celulares. Pra mim, eles são como um par de tênis, ou uma bicicleta, um lápis, uma vela ou uma lâmpada: um objeto tecnológico, criado para desempenhar uma função de utilidade para o ser humano.
E vou além: acho-os ótimos! Ficando melhores a cada dia. Reunindo num único, portátil, bonito (nem sempre, ok) e simples aparelho, diversas utilidades. Música, comunicação, agenda, calculadora, diversão, televisão, e tantas outras funções. Como uma coisa dessas pode ser ruim?
O que vejo nessa repúdia de alguns é que ela não diz respeito ao aparelho celular. É a mesma rejeição com relação a diversos outros equipamentos, como carro, TV (a cabo, principalmente), roupas e outros. Ao meu ver, trata-se de uma insatisfação com as próprias pessoas, com a sociedade e suas atitudes, valores, formas de uso e dependência para com tais utilitários. O telefone móvel nada tem a ver com isso. Exemplo:

*******
Haviam marcado um chopinho, depois do expediente, no boteco de sempre. Ficava no meio do caminho pra ambos. Ligam-se nos celulares, pra confirmar o programa.

-Alou..
-Setor de contabilidade, André, boa tarde.
-Acorda menino! Eu liguei pro teu celular... e aí, muito trabalho é?
-Cara, hoje o dia tá corrido viu.
-Que conversa, eu bem sei que o tal do excel aí faz tudo pra tu.
-Ah quem me dera. Como é, combinado? Saindo daqui, vou direto pra lá, devo chegar perto das dezenove, por conta do trânsito. Tu chega antes né?
-Chego sim, vou a pé. Já te falei pra largares esse carro, bixo. De lá pego um ônibus, em vinte minutos estou em casa. No teu caso, seriam quinze, e sem precisar driblar a polícia, com seus bafômetros opressores!
-Nem me fale, que me criaram uma blitz no caminho de casa! Agora, por conta do desvio que faço pra evitá-los, perco outros quinze minutos. E pare de rir!
-Tudo bem, tudo bem, um dia te convenço sobre o carro. Ei, vou desligar que o chefe apareceu aqui na área e eu tenho que trabalhar, pois o computador não faz tudo por mim. Quando chegares, me procura, já estarei no terceiro chopp.
-Isso, faz inveja. Escreves qualquer coisa pra publicar no jornal, coloca uma foto bonitinha e pronto, pode ir pra casa. Isso que é moleza de trabalho. Vai, abraço e até mais tarde.

Um pouco antes das vinte, por conta do trânsito, André finalmente encontra uma vaga pra estacionar o carro e entra no boteco, já lotado. Saca de imediato o pequeno aparelho do bolso e disca.
-Daniel? Cheguei aqui agora. Pára de se fingir de bêbado. Eu peguei muito trânsito e foi difícil arrumar vaga. Cadê tu?
Uma batida na perna direita de André o faz virar o rosto. Lá estava Daniel, exatamente ao seu lado, sentado numa mesa, com dois copos de chopp.
*******

Eita que me deu uma vontade de tomar um chopp agora...
Bom, voltando ao assunto. Alguém aí se identificou nessa história? Tudo bem que eu me empolguei um pouco e, admito, foi um tanto difícil interrompê-la. Mas, o lance de chegar e ligar, perguntando pelo outro, isso é insano. Os dois já tinham combinado local e hora. O tal do André sequer correu a vista pelo boteco. Foi logo no vício e pegou o celular. Isso sim, eu aceito que condenem. Também o faço. E isso foi só um exemplo: pessoas que nunca desligam o aparelho, mesmo quando dormem; que quase entram em pânico quando veem o ícone de "sem sinal" na tela do celular; que ficam indignadas quando alguém não atende o celular, ou esquece o mesmo em casa... Essas atitudes eu também condeno. Mas repito, isso não tem nada a ver com o pobre aparelho celular, coitado. Dirijam suas críticas aos alvos certos, por favor.
Hum.. toda essa conversa me deu sede. Alguém quer tomar um chopp? Qualquer coisa me liga.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Pra passar o tempo

Uma atividade divertida e que eu recomendo é a de ler blogs pela internet afora. É impressionante a quantidade de pessoas que publicam as mais variadas coisas na rede mundial. Blogs de amigos e conhecidos é o que, penso eu, a maioria das pessoas lê no dia-a-dia. Mas aqui vai a dica de uma "técnica" que eu utilizo e acho bem divertida. A maioria (se não todos) os provedores gratuitos, como o blogspot ou o wordpress, tem uma barra comum a todos os seus blogs. Na barrinha do blogspot, por exemplo, existe um link "próximo blog" e essa é a dica. O link direciona a outro blog do mesmo provedor. Eu não sei se a escolha pelos endereços do redirecionamento segue alguma ordem, mas pra mim ela é completamente aleatória, e aí está a diversão. São blogs do mundo inteiro e eu vou clicando e clicando, lendo os que me parecem interessantes (ou os que entendo o idioma).
Quem nunca fez isso não imagina o que se pode encontrar na blogosfera. Relatos de viagens, venda de cds e dvds piratas, noticiários dos mais diversos assuntos ou mesmo blogs abandonados, com última postagem datada de anos atrás, vê-se de quase tudo. Descobri, por exemplo, que existem "porta-absorventes", no blog de uma artesã, que os cães enxergam sim em cores e conseguem diferenciá-las, mas de forma mais limitada que nós, humanos; acompanhei por alguns minutos o cotidiano de um morador de Nova Iorque que retrata sua vivência da cidade em fotos e textos e cliquei o mais rápido que pude no botão de "próximo blog", com medo do que poderia ver numa página, após ler a descrição de sua proprietária:

"Na Integra Sou uma mulher, com jeitinho de menina que não mede palavras ao fazer, falar e principalmente escrever o que realmente pensa, e para mim não tem dia nem hora! Quando estou com lápis e papel na mão eu fico louca, é como se a ponta do lápis tiver se vida própria e o desejo de expressar tudo o que eu penso é mais forte do que eu."

(detalhe para o "tiver se") Ok, eu assumo, foi puro preconceito, mas, quem disse que não sou preconceituoso? Quem visse as fotos da tal no referido blog, com caras, poses e bocas, me entenderia -e teria medo também!
Vi ainda, em outros blogs, um inusitado "jardim para carros" em São Francisco, EUA e uma sandália de salto alto sem o salto!

Alguns blogs, não sei como, conseguem tirar a barrinha do blogspot, mas não tem problema, basta voltar a página pelo navegador, ao blog anterior, e clicar em "proximo blog" novamente, que ele direciona a outro blog, diferente. Uma outra forma de visitar blogs é sair clicando nos links de "blogs relacionados", ou "blogroll", mas aí já não é mais tão aleatório, uma vez que os blogueiros escolhem os links que colocam em seus próprios blogs.

Pra quem quer um passa-tempo, ficou essa dica. E se tiver com preguiça de ficar filtrando blogs pra achar algo interessante, sempre se pode acessar um link [abaixo] que já tinha visto há um tempo atrás, e achei novamente numa dessas minhas blog-leituras, mas aviso logo: é bizarro. Saquem o número de comentários!
Ê mundo doido...

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Lampejos Inusitados [01]

Não sei se mais alguém já pensou sobre isso mas, sabe aquela música péssima, com aquele arranjo breguíssimo e o famoso refrão que gruda mais do que pixe de praia na sola do pé? Sabe quando essa mesma música está tocando e, de repente, você percebe nela um lampejo de brilhantismo? Um verso que seja, uma palavra apenas, ou mesmo aquele acorde diminuto que você nunca pensou que surgiria naquela melodia cafona e previsível? Pois. Esta nova série de guardanapos se dedica a tais exemplares.

Do mais puro brega, uma pérola pode surgir.
Um dia desses eu estava ouvindo uma rádio na internet, enquanto trabalhava. Eis que ouço uma velha e conhecida melodia, anos 80, daquelas que todo mundo conhece. O problema é que, ao contrário do sax característico de sua versão original, as notas eram tocadas numa guitarra metida a pesada, cheia de distorção. Parei logo o que fazia e fui conferir o nome da música e a banda que a tocava. Confirmei, era realmente o clássico de George Michael, Careless Whisper, mas interpretado de forma bem diferente da original por uma banda chamada seether, até então desconhecida por mim. Achei a nova versão melhorzinha, mas nada que salvasse a breguice encarnada, remanescente da "quase não-aproveitável" década de 80. Continuei ouvindo e prestando, pela primeira vez, atenção na letra. Bem na hora do refrão:

"I'm never gonna dance again
guilty feet have got no rhythm"

Comecei a rir sozinho e, pra continuar minha diversão, fui atrás do restante da letra. Aqui vai uma estrofe e o refrão completo:

"Time can never mend the careless whispers of a good friend.
To the heart and mind ignorance is kind.
There's no comfort in the truth
pain is all you'll find.

I'm never gonna dance again
guilty feet have got no rhythm
Though it's easy to pretend
I know you're not a fool.
I should have known better than to cheat a friend
And waste a chance that I've been given.
So I'm never gonna dance again
the way I danced with you."

Tem até uns trechos bonzinhos e muitos outros bem divertidos, mas, o verso que me chamou a atenção, o segundo do refrão, é simplesmente fantástico. Brega, cafona, o escambau, mas "guilty feet have got no rhythm"... é muita criatividade, meu deus!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Quantos eus me fazem a mim

De personagens de RPG a pseudônimos de textos e poemas. De jogador de time de futebol a membro de família, ou funcionário dedicado. Andei pensando a variedade de personalidades que possuo, às vezes tão diferentes entre si. Diariamente ou em determinados intervalos de tempo, nós acabamos nos relacionando com pessoas diferentes entre si e de nós mesmos, seja por necessidade ou por afinidade. Confesso que às vezes me impressiono um pouco, de tão diferentes que são alguns de meus "grupos de relacionamento", e como consigo manter uma boa relação com eles. O fato é que me divirto e sou bem feliz com muitas coisas, pessoas e lugares diferentes. Em outros tempos já me perguntei se isso seria sintoma de fraca personalidade, mas esse debate não se alongou muito, pois vi que sei distinguir muito bem e com facilidade minhas preferências. E é claro que eu tive também minha época de radicalismo, quando não me permitia ir a determinados lugares, ou ouvir certo tipo de música. Aliás, a bem da verdade o tal radicalismo ainda surge, de vez em quando, em algumas situações.
Numa rápida olhada ao redor, mesmo com a maioria das pessoas, cada vez mais, procurando tanto ser igual um ao outro, seja usando, vendo ou ouvindo as mesmas coisas, creio que, humanos que somos, não poderemos nunca ser iguais, todos. Portanto, viver em sociedade nos obriga a vivenciar a diversidade, a conviver com diferentes formas de pensar e agir. Na minha opinião, o saldo dessa conta é positivo, mesmo com tudo de ruim que disso acontece pelo caminho.
Voltando a falar especificamente da minha pessoa, é engraçado a quantidade de eus que tenho. É lógico que todos eles têm a essência em comum, ou o que me dá identidade, minha personalidade. Mas, atitudes e comportamentos mudam bastante dependendo do local ou das pessoas ao meu redor. O tipo de conversa, a maneira de se comportar, de se vestir. A comparação dos comportamentos quando no trabalho ou entre amigos é bem comum e fácil de ser percebida entre as pessoas, pois a maioria delas vivem essa dualidade. Mas, indo além, me vejo diferente mesmo quando entre amigos diferentes. Aquele casal de amigos mais requintados, o grupo de rpg, o da pelada semanal, o das canções, da família, ou o das conversas intermináveis na mesa de um bar, cada um deles me faz um eu, que age, às vezes, bem diferente de outros eus. Mas a soma de todos eles é que me faz a mim, completo.
Tem gente que não é assim, não se relaciona bem com tantas pessoas tão diferentes entre si, e é engraçado quando, às vezes até sem perceber, eu junto dois grupos distintos, numa mesma atividade. Das duas, uma: ou o desconforto é visível e o evento vira um verdadeiro fracasso, ou os grupos começam a interagir, percebem a riqueza da diversidade e, creio eu (talvez em minha ingenuidade) até gostam.
Fato é que eu gosto de agregar. Pessoas, momentos, amigos, experiências. Sinto-me bem em saber que posso ser uma interseção entre pessoas ou atividades tão diferentes entre si. Gosto do gostar muito e diverso.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

praia, sombra e... cerva gelada

Um violãozinho ajuda também.
















Aí, mais uma imagem feita no PS. Uma cena que há muito não participo, por sinal.
Mudando de assunto, como eu sei que não serve de desculpa o fato de ter estado enfermo por toda a semana passada, este mês terá quatro postagens para compensar as apenas duas do mês passado. Dessa forma eu me iludo, achando que cumprirei com a promessa da maratona.


quinta-feira, 23 de julho de 2009

sobre o teclado e outras coisas

Como bom usuário de computador que sempre fui, desde seu surgimento e, claro, de quando eu passei a ter condições de possuir um deles em casa, digamos que eu tenha uma certa habilidade na utilização do teclado. Lembro que, há bastante tempo, quando a informática era novidade no país, ainda nos tempos do lançamento do 386, o windows ainda era apenas um programa bonitinho, bastante inútil até; o DOS comandava, editor de texto era wordstar, nós tínhamos que digitar os comandos ao invés dar "dois cliques" com o mouse, ê nostalgia informática!

Pois, me lembro do meu primeiro PC. Um "386 sx de 33", era assim que o chamava. Só de pensar na configuração daquele micro, já caio na risada. Vocês sabem o que era esse 33? Era a velocidade do processador! Meu processador hoje tem 4 (quatro!) núcleos de 2.83ghz, ou seja, dois mil e oitocentos megahertz a mais (em cada núcleo!) do que meu tão querido 386 da Samsung. O nome da minha impresora, também da Samsung, tinha nome de mulher: Michelle 3. Eu nem tinha mouse! Pois é, muitas lembranças. Pra não perder o costume, muitas delas vou deixar pra outras postagens, e destinar este texto apenas a meu periférico preferido da época: o teclado.

Conforme eu já relatei, meu primeiro PC não tinha mouse. Sim, o rato já existia na época, mas como minha mãe não tinha muito dinheiro pra gastar com essas coisas de computador, cortá-lo do pacote foi uma economia razoável na aquisição do equipamento, afinal, eles não eram tão baratos como são hoje. Pois muito bem, o povo ensina, "quem não tem cão, caça com gato", mas eu pergunto: e quem nem rato tem, o que faz? Bom, eu, aprendi a usar o teclado. Tudo bem que, na época, ele era realmente bem mais importante que o mouse, pois muita coisa ainda era digitada, com linguagem de programação pelo DOS e tal. Mas, o windows já ganhava força (eu mesmo já tinha o 3.11 instalado), então muita coisa já podia ser feita com o ratinho. No entanto, eu tive que aprender os famosos "atalhos" do teclado. E como eu era viciado em computador e fuçava em toda e qualquer área que eu tivesse ou não acesso, sendo com ou sem segurança (ainda bem que meu vizinho era técnico em computação e me ajudava muito pra reparar as burradas que eu cometia), logo eu já sabia como fazer de tudo através do teclado, quase não sentindo falta do mouse. As teclas CTRL, ALT e TAB têm um poder que, hoje em dia, poucos conhecem. Da necessidade veio o costume, da prática a velocidade e, dos novos windows (verdadeiros criadores de paraplégicos computacionais, que dependem 100% do mouse), o preconceito para com o rato.

Não desconheço a necessidade e praticidade do mouse, muito pelo contrário. Mas, a despeito de muitos, eu tenho conhecimento e tiro proveito da utilidade que o teclado tem, além de escrever palavras. Navegar na internet ou mesmo no windows explorer, abrir e fechar programas, alternar janelas (experimentem aí pressionar aquela tecla do windows, com o desenho da janelinha, entre o CTRL e o ALT, + "E" ou ela + "D"), e isso apenas dentro do windows. Nos diversos programas, tenho o, creio que já posso classificar como vício, de aprender e decorar os atalhos do teclado. É assim no autocad, 3dsmax, photoshop, corel draw, ou mesmo word, powerpoint, excel, etc. As associações, feitas com CTRL, ALT e SHIFT + letras, variam de programa pra programa, mas eu vou além, decorando também a sequência de letras-chave dos menus de cada programa. Por exemplo, pra inserir uma figura no word, ALT, I, M, D. Ou para inserir uma quebra de página, ainda no Word: ALT I, U, B. Alterar brilho/contraste no Photoshop? ALT, I, A, C (isso se for a versão em inglês). É, eu realmente tinha que classificar com vício. E olhem que não mencionei quase nada do que tenho decorado em atalhos e comandos do teclado.

O fato é que, pra mim, o teclado continua agilizando muito ainda, em muitas coisas, além de digitar palavras, e eu o prefiro, por diversas vezes, ao mouse. Me pergunto se conseguiria, hoje em dia, viver novamente sem o rato. Creio que não indefinidamente, mas acho que o faria por bem mais tempo que muita gente que conheço.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

mais números

Está....
Valendo!
Bola rolando na maratona de posts, meu povo.
Pois é, declaro aberta oficialmente hoje, dia 1º de Julho de 2009, uma tentativa de me fazer mais ativo no uso dos guardanapos e que consiste em garantir, no mínimo, três postagens a cada mês por aqui.
Ainda brincando um pouquinho com números, isso implica dizer que, ao final do ano teremos 3 postagens em cada um dos 6 meses restantes, totalizando 18 'conjunto de palavras' e/ou imagens, nas mais diversas formas a que eu me proponha dispor, abordando uma outra diversidade -de assuntos, também a meu bel-prazer. Meio egoísta esse espaço né? Eu sei.
Os 18 (que é o mínimo garantido), somado aos 8 já existentes esse ano, me faz quebrar o atual e fraquíssimo recorde de 7 postagens ao ano, com uma margem de nada menos que 19 postagens a mais. O detalhe fica por conta da coincidência de o sétimo post deste ano -2009, ter sido publicado aos 19 de Junho, olhem isso!
A matemática é mesmo incrível não? Por estar presente em tudo, podemos achar o que quiser encontrarmos, nos bastando apenas fazer uso da criatividade. Aliás, toda essa história de números me fez pensar sobre eles. Sim, mais ainda.
Não sei quanto a vocês, mas eu acho impressionante a capacidade humana de decorar números, os mais diversos. Tudo bem que nossa habilidade inata diz respeito à memória, pura e simples, mas creio que esse nosso estilo de vida tenha desenvolvido mais essa capacidade no que diz respeito aos algarismos. Eu paro pra pensar por um minuto na quantidade de sequências numéricas que sei decorado e percebo que já se foram dois minutos e eu não cheguei nem perto da metade dos que lembro. Números de telefones de pessoas próximas -e outras nem tanto; números de celulares e telefones fixos antigos, que não são mais utilizados, tenham sido estes meus ou de outros -e olhem que hoje em dia eu praticamente não decoro mais número de telefone, pois gravo tudo no celular; números de residências ou salas de escritórios, aptos, CEP, CPF, RG e contas bancárias -e aqui também, não apenas os meus; datas de aniversário; canais de TV, tamanhos padrões de formato de papel (A4, A3, carta, etc); razões de conversão de unidades e valores de constantes matemáticas (1 polegada =2,54cm, pi=3,1416), tamanhos de roupa e calçados, pressão de calibragem de pneus, placas de carros. É, já se passaram vários minutos e eu continuo lembrando. E isso porque memória nunca foi meu forte, embora ela voltada a números seja lá bem eficiente. Eu não posso, por exemplo, ver alguém, seja quem for, digitar uma senha (de conta bancária, cartão, alarme, e-mail) que sempre decoro. Tenho logo que virar o rosto e resistir à tentação, caso contrário chego a ficar tentando adivinhar a sequência digitada baseando-me apenas na direção dos dedos da pessoa, uma vez que eu não possa ver o teclado numérico.
Sim, há muitos números em minha vida e, se por acaso esses dois últimos posts fizeram parecer, não, eu não sou fanático por eles. Conheço pessoas bem 'piores', que associam tudo a números, criam fórmulas e decomposição de números, as mais mirabolantes, para encontrarem algarismos satisfatórios à necessidade do momento. E acreditam.
Imagina se uma pessoa dessas se forma em matemática. Ou contabilidade.
Bom, chega de falar de números que já fiquei meio zonzo. Se bem que, ainda penso em quantos guardanapos a mais estarão aqui guardados, ao término do ano.
Alguém arrisca? Não eu.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

a conta do mentiroso

Olhando a lista dos "guardanapos amassados" aí do lado, lembrei de quando criei esse meu pequeno mas querido porta-guardanapos virtual. Não vou falar muito sobre todo esse tempo que passou e o que rolou por aqui, deixo isso pra um post tipo "aniversário do blógue".
Por hora, percebi que, por pura coincidência, os dois anos passados totalizaram sete posts cada, não é incrível? -tá, nem tanto.
Tudo bem que em dois mil e sete eu comecei a postar só em Outubro, mas, eu nem quero saber, só sei que foram sete! E, em 2008, sete de novo! Em 2009, vejam só. Recomecei a utilizar meus guardanapos em Abril e, Antes que junho acabasse, já tenho sete postagens!!
Pois é, mas também, fazendo posts como esse, só pra criar volume, é fácil né.
Bom, o lance é que eu aprendi que documentar coisas sempre é legal, pois no futuro a gente pode revivê-las. Pois bem, documentado está.

No entanto, ao contrário de "apenas pra fazer volume", este post tem outro propósito! Afinal, ele nem é o de número sete em 2009...
Completamente movido pela empolgação - e eu sinto um medo de arrependimento futuro aqui- lanço, a partir de agora, uma campanha:
Maratona de posts!!
Aos mais empolgados, calma. O lance vai ser o seguinte: A partir do próximo mês (mês "sete", diga-se de passagem), em cada mês, teremos 3 posts, no mínimo, garantidos por aqui. Por que três? Porque assim eu quis, oras! Tá, tudo bem. Se essa resposta não convence, fiquem com esta: porque sete mais sete mais sete (um pra cada ano até aqui) dividido por sete é igual a 3. Gostou dessa agora? Eu sim.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Calvin, o sábio (ou burrice devia doer)




"Na minha opinião, nós não desenvolvemos pesquisas científicas suficientes para encontrar a cura para os idiotas."





Quer coisa mais irritante que a estupidez? Não, eu não falo da falta de capacidade que certas pessoas têm em comparação com outras mais inteligentemente bem dotadas, e sim daquelas burrices clássicas, que a criatura até nem cometeria, se parasse para pensar por um segundo (tá, em alguns casos, talvez um minuto). Aquelas performances que viram piadas, que inspiram respostas dignas do folclórico Seu Lunga, mas que quase ninguém tem coragem de usar de fato. E pior, muitas vezes os "burros" acham bonito quando divertem os amigos e então passam a tratar a estupidez com afeto e certo almejo até. Mas, imagine, aí é que surgem as pérolas negras. Uma pessoa burra tentando ser mais burra?

Desculpem-me a rudeza mas, excluindo os casos fictícios, dramatização, seriados, uma personagem criada para ser burra (essa sim, ainda me diverte), os casos reais, em sua maioria, me irritam. Mais do que o telemarketing! Não, não estou exagerando. O operador do telefone ao menos faz o que faz com total consciência e intenção de fazer. Muitas vezes é obrigado a tanto. E, venhamos, sempre podemos desligar na cara dele, para amenizar a raiva.

Agora, ao se deparar com uma situação de plena estupidez em ação, a coisa muda de figura.

****

Ela entra no prédio do instituto responsável pelo patrimônio e logo está às conversas com uma funcionária, entendedora de coisas do patrimônio.
-Então, eu estou desenvolvendo um trabalho de mestrado, na área de história.
-Hum.. que bom! Olha, eu sou arquiteta, mas tudo bem, posso tentar te ajudar. Sobre o quê o seu trabalho fala?
-Sobre moda.
-Moda? Mas.. moda, tipo roupas, calçados, acessórios?
-Sim, sim. Eu sou formada em moda, só o mestrado que é em história.
-Hum.. Ah tá, legal. Ó, o prédio do instituto histórico é aqui em frente, se você quiser. Mas, me fale mais então.
-Então. É sobre moda no século XVI
-Século XVI? mas...
-É que minha orientadora me disse que só trabalha com esse período da história, aí eu tive que adequar minha pesquisa, entende?
-Hum... mas... bom, eu não sei se poderei lhe ajudar. Creio que nós não teremos informações úteis a você
-Ah... Mas você não saberia me dizer ao menos os nomes das cortes daquela época não?
-Nome das cortes?

****

É, eu sei. Moda no século XVI, no Brasil? Nome das cortes? Bom, muitos absurdos, muitos. E, pasmem, eu não contei tudo. Nessas horas, eu fico com uma amiga que me disse certa vez:
"burrice devia doer".


quinta-feira, 21 de maio de 2009

brinde 02










E olhe que nem tava faltando papo...

"-Marcel, é uma questão de escolha:
ou tu corta esse cabelo, ou afasta a cadeira mais pro lado."

Um brinde!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Haikai

Esta forma poética originalmente japonesa consiste, em sua essência, de concisão e objetividade.
Até onde sei, há três vertentes que defendem modos diferentes de aplicar o haikai no Brasil. 
Me incluo em nenhuma e todas elas. Às vezes Gosto da métrica e da rima, outras não. O que sempre me agrada é a simplicidade objetiva.

E lá me vou
Tateando o nada
Outra vez

sexta-feira, 15 de maio de 2009

novo esquema de comentários

Opa,

Vagando na blogosfera blogs afora (ficou horrível isso hahahaha), descobri esse sistema de comentários chamado "intense debate". Gostei dele por alguns motivos, mas principalmente por facilitar  a relação "intercomentários". É bem mais simples e estimulante de se desenrolar uma conversa sobre um determinado post, no campo "comentários". Com essa ferramenta, pode-sepor exemplo  responder a um determinado comentário, especificamente (o que senti falta no último comentário que recebi, sobre o último post). Enfim, vamos testar. Se ficar ruim, retorno ao jeito antigo.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

E querem acabar com a crise?

Podem me chamar de doido, mas, vejo um lado dessa crise mundial que me faz pensar nela como a melhor coisa que aconteceu à humanidade nos últimos séculos. Algo que nos obriga a questionar certos posicionamentos e, além disso, tomar, de fato, várias atitudes. Muitas delas, necessariamente drásticas. Creio que essa crise, em muito aumentada por ser concomitante a "toda essa história de aquecimento global", não está, ainda, sendo levada a sério. Novamente, não, não sou doido. O que estão fazendo em relação a essa crise? Muitas coisas, sim. Muitas, muitas coisas. Todas erradas. 
Essa crise não é pioneira. Já tivemos exemplos dela num passado próximo, e estamos cometando os mesmos erros de antes. Repito a pergunta: o que estão fazendo pra "resolver" essa crise? E respondo: tudo o que não deveriam fazer. Ou tudo o que a fortalece. É preciso se perguntar o porquê dela acontecer. O modelo (não só econômico, mas social, religioso, cultural, político...) que a humanidade vem vivendo, tem como destino único e inalterável essa tal dessa crise. E o que fazemos pra acabá-la? Tentamos reestabelecer o mesmo modelo, que, como justificativa à nossa tentativa, encontra-se apenas "abalado" momentaneamente.
Não vemos a dádiva que é essa crise. Ela que acabe com tudo, assim a gente começa um modelo que preste, finalmente. 
As gigantes dos automóveis são as primeiras a cair. Porque será? Talvez pelo fato de o carro ser o maior e mais representativo ícone desse modelo insano de vida que nós insistimos em empregar. O automóvel se tornou uma das maiores (senão a maior) desgraças que nós seres humanos já conseguimos criar. Incrivelmente poluente (pessoas, não pensem "apenas" nos combustíveis, lembrem-se do processo de fabricação, dos materiais utilizados em sua manufatura, do que ele passou a representar econômica e socialmente, etc), de durabilidade ínfima, de quantidade praticamente obrigatória a um por pessoa, e o que é pior, na grande maioria das vezes, completamente dispensável. Eu passaria muito mais tempo falando sobre carros, mas deixo pra outro dia. 
O fato é que a crise, como um enviado divino, ou da natureza, do cosmos, ou qualquer outra origem que o deixe mais suscetível a acreditar, tenta, com todas as suas forças (e elas são muitas) derrubar essa insanidade mundial à qual nos submetemos os humanos. E o que fazemos? Tentamos impedi-la. 
Sei que muitos, milhares, milhões, sofreriam e morreriam durante o processo "natural da crise", mas talvez fosse mais inteligente se investíssemos em diminuir esse estrago durante a transição a um novo modelo de vida, do que tentar a todo custo impedi-lo de surgir, defendendo assim uma loucura mundial, que grita há tempos que nos dizimará a todos em breve, muito breve.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

nostalgia

Ou: a vontade de querer de volta o que passou.
Por que será que todos nós, em algum momento pelo menos, sentimos isso? E mais: porque, em seguida, condenamos tanto os tempos vindouros, ou o "pós-nosso tempo"? Me é de fato intrigante essa história de achar que tempo bom era o meu tempo. Quando a gente brincava era correndo pela rua, e não à frente de computadores. Pro meu pai, já isso era ruim. Muito melhor era o tempo dele, quando caçava passarinhos na mata vizinha à sua casa. Não sei o que meu avô diria sobre isso, mas tendo a crer que ele continuaria a onda nostálgica, preferindo seu tempo. Ora, eu não sei nem nome de passarinhos de gaiola, que inclusive já nem são tão do meu tempo, quanto mais identificar um, em pleno vôo no céu, ir além e ainda atirar no pobre, quanta maldade! "Mas no meu tempo não era maldade, havia muitos, e caçávamos pra comer, não pra nos divertir ou vendê-los em gaiolas", argumenta meu pai. Ok, tudo bem, não vou contra-argumentar dizendo que ele não precisava daquilo pra matar a fome, portanto  era sim diversão, até porque minha intenção não é discutir sobre passarinhos, caçadas ou maldades, nem decidir qual o melhor dos tempos, ou qual o correto e o errado. Apenas refletir o porquê desse sentimento meio doido.
Meio doido sim, pois enaltecemos muitas, muitas coisas que temos hoje e não tínhamos antes, chegamos a bater no peito com orgulho ao falar das mudanças que conseguimos, às duras penas, sejam elas sociais, econômicas, religiosas, culturais, ou qualquer outra. Mas, sempre tem aqueles momentos em que nada disso vale, porque bom mesmo era aquela época em que vivemos -e que já passou. Pra mim, tudo bem em achar bom momentos vividos, revivê-los na memória, sentir saudade, isso todo mundo faz e eu nem acho nada demais, "normal". O lance que me incomoda é porque sempre preferimos o nosso tempo que passou ao atual, ou o futuro. Como sempre lamentamos que "hoje em dia" tudo (ou quase tudo) é pior que antes, soltando algumas pérolas, em muitos casos, contraditórias. "Na minha época não tinha chuteira com cravo disso ou daquilo, ou camisa que absorvia o suor... -aquilo sim, era jogar futebol." "Nah.. em meu tempo não tinha isso de google e internet não, a gente ia pesquisar era na biblioteca, um templo de cultura, isso sim. Nós líamos, e líamos livros!"
O escritor relutou muito pra deixar de lado a máquina de datilografar, em prol do tal de computador pessoal. Só eu, e só do Sabino, li umas três crônicas falando dessa entre outras tecnologias, para ele perturbantes. Tecnologia à parte, e voltando às pérolas "em meu tempo sim, éramos românticos. Íamos namorar na praça, mãos dadas só com permissão dos pais. Beijo era coisa séria." Ou "todos iam pra missa, aquilo era comum, e não raridade", e essa então: "já não se faz música como antigamente, de qualidade. Hoje em dia é tudo lixo!"
O melhor é que eu sempre ouvi isso da geração dos meus pais, e me via vítima, pensando "peraí, também né assim não" mas, agora, vejo que também faço o mesmo, com as novas gerações. E creio que estas também o farão. -O que é isso? 
Lutamos tanto pra mudar as coisas, de forma que fiquem como achamos que é melhor, mas acabamos querendo que tudo volte a ser como era antes. Ou pior: não queremos que volte, mas ainda assim achamos que antes é que eram bons tempos. Será isso fruto da amargura de lembrarmos mais a cada dia de nosso encontro inevitável? Tentarmo-nos agarrar selvagemente ao passado, na vã tentativa de voltar a ele, ficando portanto o mais longe possível do tal encontro? Não sei.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

peguei na net [1]

Opa,
Meudeus.. há quanto tempo!
Inaugurando uma nova seção [vide título], um poeminha que li pelo mundo da internet:


Nem sequer uma rosa
Que ela um dia colheu
Num jardim esquecido
E sorrindo me deu
Nem sequer essa rosa
Merecia morrer assim
Pelo amor que nascia
Já tão perto do fim

Bom seria se pelo amor
Nunca mais se colhesse a flor
Pois que culpa uma rosa tem
Se alguém gosta de alguém?

Será muito mais lindo
Quando a gente aprender
Cada vez que se ama
Dar a flor sem colher
Nosso amor pequenino
Nem devia dizer-se amor
Nosso amor não valia
Que morresse uma flor

Luis Carlos Paraná - Nem sequer uma rosa