quinta-feira, 23 de julho de 2009

sobre o teclado e outras coisas

Como bom usuário de computador que sempre fui, desde seu surgimento e, claro, de quando eu passei a ter condições de possuir um deles em casa, digamos que eu tenha uma certa habilidade na utilização do teclado. Lembro que, há bastante tempo, quando a informática era novidade no país, ainda nos tempos do lançamento do 386, o windows ainda era apenas um programa bonitinho, bastante inútil até; o DOS comandava, editor de texto era wordstar, nós tínhamos que digitar os comandos ao invés dar "dois cliques" com o mouse, ê nostalgia informática!

Pois, me lembro do meu primeiro PC. Um "386 sx de 33", era assim que o chamava. Só de pensar na configuração daquele micro, já caio na risada. Vocês sabem o que era esse 33? Era a velocidade do processador! Meu processador hoje tem 4 (quatro!) núcleos de 2.83ghz, ou seja, dois mil e oitocentos megahertz a mais (em cada núcleo!) do que meu tão querido 386 da Samsung. O nome da minha impresora, também da Samsung, tinha nome de mulher: Michelle 3. Eu nem tinha mouse! Pois é, muitas lembranças. Pra não perder o costume, muitas delas vou deixar pra outras postagens, e destinar este texto apenas a meu periférico preferido da época: o teclado.

Conforme eu já relatei, meu primeiro PC não tinha mouse. Sim, o rato já existia na época, mas como minha mãe não tinha muito dinheiro pra gastar com essas coisas de computador, cortá-lo do pacote foi uma economia razoável na aquisição do equipamento, afinal, eles não eram tão baratos como são hoje. Pois muito bem, o povo ensina, "quem não tem cão, caça com gato", mas eu pergunto: e quem nem rato tem, o que faz? Bom, eu, aprendi a usar o teclado. Tudo bem que, na época, ele era realmente bem mais importante que o mouse, pois muita coisa ainda era digitada, com linguagem de programação pelo DOS e tal. Mas, o windows já ganhava força (eu mesmo já tinha o 3.11 instalado), então muita coisa já podia ser feita com o ratinho. No entanto, eu tive que aprender os famosos "atalhos" do teclado. E como eu era viciado em computador e fuçava em toda e qualquer área que eu tivesse ou não acesso, sendo com ou sem segurança (ainda bem que meu vizinho era técnico em computação e me ajudava muito pra reparar as burradas que eu cometia), logo eu já sabia como fazer de tudo através do teclado, quase não sentindo falta do mouse. As teclas CTRL, ALT e TAB têm um poder que, hoje em dia, poucos conhecem. Da necessidade veio o costume, da prática a velocidade e, dos novos windows (verdadeiros criadores de paraplégicos computacionais, que dependem 100% do mouse), o preconceito para com o rato.

Não desconheço a necessidade e praticidade do mouse, muito pelo contrário. Mas, a despeito de muitos, eu tenho conhecimento e tiro proveito da utilidade que o teclado tem, além de escrever palavras. Navegar na internet ou mesmo no windows explorer, abrir e fechar programas, alternar janelas (experimentem aí pressionar aquela tecla do windows, com o desenho da janelinha, entre o CTRL e o ALT, + "E" ou ela + "D"), e isso apenas dentro do windows. Nos diversos programas, tenho o, creio que já posso classificar como vício, de aprender e decorar os atalhos do teclado. É assim no autocad, 3dsmax, photoshop, corel draw, ou mesmo word, powerpoint, excel, etc. As associações, feitas com CTRL, ALT e SHIFT + letras, variam de programa pra programa, mas eu vou além, decorando também a sequência de letras-chave dos menus de cada programa. Por exemplo, pra inserir uma figura no word, ALT, I, M, D. Ou para inserir uma quebra de página, ainda no Word: ALT I, U, B. Alterar brilho/contraste no Photoshop? ALT, I, A, C (isso se for a versão em inglês). É, eu realmente tinha que classificar com vício. E olhem que não mencionei quase nada do que tenho decorado em atalhos e comandos do teclado.

O fato é que, pra mim, o teclado continua agilizando muito ainda, em muitas coisas, além de digitar palavras, e eu o prefiro, por diversas vezes, ao mouse. Me pergunto se conseguiria, hoje em dia, viver novamente sem o rato. Creio que não indefinidamente, mas acho que o faria por bem mais tempo que muita gente que conheço.

2 comentários:

  1. Eu tive que melhorar minha relação com o teclado aos 14 anos, quando meu mouse quebrou (e os ratinhos não eram tão baratos quanto hoje). Atualmente, eu conseguiria viver sem eles (na verdade, não, porque sou aficcionado em jogos de computador e eles evoluiram p'ra utilização do ratinho).

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  2. Meu Deus, não sabia que a economia que fiz quando não comprei um "rato", tin ha criado um genio. Sim,, porque só um genio, prá decorar tanots atalhos, e ainda mais preferí-los, a usar o mouse. Eu, cá na minha sub utilização do computador como um todo, não conseguia nem guiar o mouse, ele desaparecia da tela, hahaha, mas preferi domá-lo, a decorar tantos comando. Um beijo filho querido. É a mamãe

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